Por incrível que pareça, estou no momento mais feliz da minha vida. E não é porque estou feliz que perdi a capacidade de analisar as coisas com clareza e até certa "crueza", eu diria. Mas minhas palavras não têm amargura... têm a acidez típica dos que acreditam que "a estrada vai além do que se vê". Isso traz poesia, mas também traz acidez... É o doce e o amargo, que fazem parte de tudo.
Quem me conhece sabe que não sou triste, amarga ou qualquer coisa que o valha. Tudo que falo do humano, coisas boas ou ruins, falo porque também o sou. Quando falo dos outros, acabo falando de mim também. O olhar do outro permite que me volte para mim, que eu perceba a minha essência... e o meu olhar também dá essa possibilidade a ele. Por isso é que "o inferno são os outros". Sartre explica!!! Eu estou aqui assumindo esse papel... que me permite falar justamente por me reconhecer nestes "outros".
Versos Íntimos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
Adorei seu blog Cléa, convido-te a conhecer meu canto de poesias, acho que vais gostar, bjs poeticos.
ResponderExcluirhttp://www.poetadasombra.prosaeverso.net/
muito bom msm..eu tbm gostei
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